Identificar os sinais de autismo é essencial para compreender o comportamento infantil e garantir diagnósticos precisos. Contudo, também é fundamental reconhecer os sinais que podem excluir esse diagnóstico, distinguindo crianças neurotípicas das autistas. Isso auxilia as famílias e os profissionais de saúde a direcionarem seus esforços de forma mais assertiva, promovendo um entendimento mais profundo sobre o desenvolvimento infantil.
Me chamo João Chiaragatto, sou Professor Especialista em Educação Infantil e pai da Maria Luiza, Diagnóstica dentro do Espectro Autista. O diagnóstico foi algo libertador para a gente, pois ajudou a dar uma direção nas terapias. Muitas famílias me procuram com dúvidas dos sinais que nós percebemos na Maria Luiza. Então, se você está em dúvidas, seguem algumas dicas que ajudam a excluir um diagnóstico de Autismo.
Contato Visual
Uma das diferenças mais perceptíveis está no contato visual. Crianças neurotípicas tendem a manter o contato visual de forma natural durante as interações, demonstrando interesse e compreensão emocional. Por outro lado, crianças autistas podem evitar o olhar direto ou mantê-lo de maneira intensa, mas sem propósito comunicativo. Esse comportamento é um dos principais indicadores utilizados na avaliação do transtorno.
Flexibilidade em Atividades
Outro ponto importante é a flexibilidade em relação às atividades diárias. Crianças neurotípicas conseguem alternar facilmente entre diferentes tarefas, enquanto crianças autistas frequentemente demonstram hiperfoco em temas específicos. Esse hiperfoco pode ser um sinal de autismo, mas sua ausência pode indicar um desenvolvimento neurotípico.
Habilidades Sensoriais
As habilidades sensoriais também diferenciam esses dois grupos. Crianças neurotípicas geralmente se adaptam bem a ambientes estimulantes, como supermercados ou festas. Em contraste, crianças autistas podem se sentir sobrecarregadas com ruídos, luzes ou multidões, o que pode desencadear crises emocionais. A capacidade de se adaptar a esses estímulos é um sinal que pode ajudar a excluir o diagnóstico de autismo.
Alimentação e Sono
Alimentação e padrões de sono também fornecem pistas importantes. Crianças neurotípicas tendem a experimentar uma ampla variedade de alimentos e a manter padrões regulares de sono. Em contrapartida, crianças autistas frequentemente apresentam seletividade alimentar e dificuldades para dormir, como insônia ou interrupções frequentes. Essas diferenças ajudam os profissionais a identificar comportamentos que podem ou não estar relacionados ao transtorno.
Reações Emocionais e Rotina
As reações emocionais e a necessidade de rotina também são indicadores valiosos. Crianças neurotípicas tendem a lidar melhor com frustrações e mudanças no cotidiano, enquanto crianças autistas podem reagir de forma desproporcional a alterações inesperadas. Além disso, a rigidez na rotina é uma característica comum em autistas, enquanto crianças neurotípicas são mais flexíveis.
Habilidades Sociais
Outro aspecto crucial é o desenvolvimento das habilidades sociais. Crianças neurotípicas compreendem e respondem às regras sociais com facilidade, demonstrando empatia e interação espontânea. Em contraste, crianças autistas podem encontrar dificuldades para interpretar sinais sociais, o que impacta sua capacidade de interagir. Essa distinção é vital para identificar comportamentos que excluem ou confirmam o diagnóstico de autismo.
Importância do Diagnóstico Profissional
Diante de tantas variações no comportamento infantil, é indispensável buscar um diagnóstico profissional. Profissionais especializados podem avaliar de forma abrangente os sinais de autismo e descartar condições semelhantes. Além disso, grupos de apoio podem ser uma fonte valiosa de informação e suporte para as famílias. Plataformas como o Telegram, por exemplo, conectam pais e oferecem experiências compartilhadas, tornando o processo de compreensão mais leve.
Conclusão
Embora o diagnóstico seja desafiador, é essencial observar com atenção características como contato visual, interesses intensos e reações sensoriais. Reconhecer sinais que excluem o diagnóstico de autismo não apenas tranquiliza as famílias, mas também direciona as crianças para o acompanhamento adequado, garantindo um desenvolvimento pleno e saudável.
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