Os sinais de autismo em bebês podem ser difíceis de identificar, pois, muitas vezes, se apresentam de maneira sutil, não correspondendo aos sinais mais clássicos da condição. Por isso, a identificação precoce é essencial para garantir um tratamento mais eficaz. Dessa forma, uma observação cuidadosa dos comportamentos do bebê pode ajudar pais e profissionais a detectar sinais de risco e agir rapidamente.
Me chamo João Chiaragatto, sou pai da Maria Luiza, diagnostica com Autismo com cerca de 1 ano e 3 mesês de idade, também sou professor especialista em Educação Especial. Saber dos Sinais para detecção foi fundamental para o diagnóstico precoce, por isso, segue dicas para aqueles que procuram informações.
Sinais de risco comuns
Alguns comportamentos podem indicar a necessidade de atenção especial. Por exemplo, bebês com sinais de autismo podem demonstrar dificuldade em fazer rastreamento visual, como seguir objetos com o olhar. Além disso, é importante observar a ausência de vocalizações ou gestos mesmo após repetidas interações. Outro indício relevante, por sua vez, é a falta de resposta a brincadeiras que envolvem contato visual.
Esses sinais devem ser monitorados principalmente em bebês com idade entre 11 e 12 meses, quando já se espera maior desenvolvimento em áreas como comunicação e interação social. Nessa fase, atrasos específicos podem ser mais evidentes e, consequentemente, indicam a necessidade de avaliações mais detalhadas.
Utilização de escalas de observação
Para identificar os sinais de autismo em bebês, profissionais de saúde frequentemente utilizam escalas internacionalmente reconhecidas. Essas ferramentas ajudam a avaliar o comportamento de crianças a partir dos seis meses de idade, sendo mais eficazes quando aplicadas entre os 11 e 12 meses. Assim, a observação detalhada é essencial para diferenciar comportamentos típicos de possíveis sinais de risco.
Importância do diagnóstico precoce
O diagnóstico precoce é uma etapa crucial para o desenvolvimento de crianças com autismo. Intervenções realizadas nos primeiros anos de vida, preferencialmente antes dos três anos, têm maior chance de promover ganhos significativos em áreas como habilidades sociais e de comunicação. Por isso, a colaboração entre pais e profissionais especializados é fundamental para que os melhores resultados sejam alcançados.
Profissionais que auxiliam no diagnóstico
Diversos especialistas podem contribuir para a identificação dos sinais de autismo em bebês. O pediatra, por exemplo, costuma ser o primeiro profissional a ser consultado pelos pais. Ele realiza avaliações iniciais sobre o crescimento e desenvolvimento da criança, incluindo a fala. Caso identifique algum atraso ou sinal de risco, o pediatra pode encaminhar para outros especialistas, como:
- Neuropediatra: foca em distúrbios neurológicos e realiza avaliações mais detalhadas.
- Neuropsicólogo: avalia as funções cognitivas e comportamentais, identificando dificuldades específicas relacionadas ao desenvolvimento.
- Fonoaudiólogo: especializado em comunicação e linguagem, esse profissional identifica atrasos na fala e auxilia no encaminhamento para outras áreas, quando necessário.
A colaboração entre diferentes profissionais é essencial para um diagnóstico preciso e, além disso, para o planejamento de intervenções adequadas.
Indicadores específicos de desenvolvimento
Algumas habilidades de desenvolvimento devem ser monitoradas com atenção, pois podem indicar a presença de sinais de autismo em bebês. Entre elas, destacam-se:
- Rastreamento visual: a capacidade de seguir objetos com os olhos é um dos primeiros sinais de engajamento visual. Portanto, é importante estar atento a essa habilidade.
- Contato visual: observar se o bebê mantém contato visual durante interações é um aspecto importante do desenvolvimento social.
- Resposta ao nome: espera-se que o bebê olhe ou reaja quando chamado pelo nome, em pelo menos 70% das tentativas. Essa resposta é um importante indicador de atenção e reconhecimento.
- Mudanças faciais: a reação às expressões faciais dos adultos reflete o entendimento do contexto social e empatia.
- Antecipação de rotinas: bebês que conseguem prever eventos ou rotinas sociais demonstram compreensão de expectativas comportamentais. Assim, essas capacidades devem ser avaliadas.
Tratamento e intervenção precoce
A identificação e intervenção precoces podem fazer toda a diferença para o prognóstico de crianças com autismo. As intervenções devem ser iniciadas assim que os sinais forem detectados, preferencialmente antes dos 12 meses de idade. Dessa maneira, é possível permitir que a criança desenvolva melhor suas habilidades sociais e comunicativas ao longo do tempo.
É importante ressaltar que as avaliações devem ser realizadas em ambientes tranquilos, sem distrações como televisão ou dispositivos eletrônicos. Além disso, a colaboração entre pais e profissionais especializados continua sendo a chave para um desenvolvimento mais positivo.
Portanto, reconhecer os sinais de autismo em bebês é um passo essencial para garantir que a criança receba o apoio necessário desde cedo. Com informação, observação e suporte adequado, é possível promover um futuro mais promissor para essas crianças e suas famílias.
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Meu bebê está apresentando sinais fortes de autismo ele tem 2 anos e não fala só grita ele é agitado na escola e em casa gosta de pular, girar e o olhar lateralizado ele adora fazer quando gira.
Olá Maristela. Realmente são sinais fortes, procure um Neuropediatra e, se possível, já comece as terapias em modelo Denver. A intervenção precoce é importantíssima devido a plasticidade Neural da primeira infância. Comecei as terapias com a minha filha por volta de 1 ano e 3 meses, hoje ela está para comletar 5 anos, e os resultados estão sendo ótimos.